16 junho 2011

Existe.

Eu fechei os olhos, e pude ver nitidamente ele sentado no sofá rindo simples e largado, de algum programa que estava passando, eu sentia cheiro do brigadeiro recém tirado do fogo, sem querer ele me viu observando a sua figura meio desajeitada, estreitou os olhos e sorriu, não pude deixar de sentir vergonha, por mais que estivesse atestado seu amor por mim, ainda me incomodava o quão penetrante e misterioso ele poderia ser, dai sorri de volta e vi seu gesto me chamando mais pra perto, querendo dividir o lençol comigo, sabia que as horas avançavam vorazmente, mas eu sentia tudo lento, capitava cada sinal, cada gesto, até o jeito que sua boca se mexia pra falar aquelas gracinhas que ele sempre solta, acho que de proposito, por que sabe que sou uma boba, e eu fui sem exitar, estava frio, senti seu perfume se misturar com o chocolate e não existia nada mais agradável, me encostei no seu ombro mas ele me puxou selando um beijo em meus lábios que era maior que paixão, e abriu os olhos devagarinho e me disse: "esse seu cabelo ta uma bagunça, garota" revirei os olhos e fingi que não ouvi e suas mãos faziam carinho nos meus cachos negros, ele me ajeitou bem do seu lado, meus pés esquentavam se enroscavam nas suas pernas, eramos um, foi ai então que eu abri os meu olhos, peguei folego como se estivesse me afogando, acordei...e apenas senti o cheiro de memória.
Dhaiany Oliveira

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